O presidente alertou que o planeta não está disposto a esperar mais para cobrar a próxima geração e ressaltou os efeitos extremos e frequentes das mudanças climáticas, incluindo as secas no Norte do Brasil, enchentes no Sul e a trágica seca que a Amazônia tem enfrentado. Ele também mencionou os desastres naturais, como tempestades e ciclones, que têm causado destruição e mortes, mostrando que “a conta chegou antes”.
Lula questionou o comprometimento real dos líderes mundiais em salvar o planeta e criticou o gasto excessivo com armas, em comparação com o investimento insuficiente na luta contra a fome e na mitigação das mudanças climáticas. Ele apontou que a crise climática afeta de forma desigual as populações, penalizando especialmente os mais pobres.
O presidente também destacou a importância de combater as desigualdades sociais para enfrentar efetivamente as mudanças climáticas. Ele ressaltou que a redução das vulnerabilidades socioeconômicas é fundamental para construir resiliência diante de eventos extremos e para redirecionar a luta contra o aquecimento global.
Além disso, Lula criticou o não cumprimento dos compromissos internacionais assumidos, afirmando que corroem a credibilidade do regime e ressaltou a importância de resgatar a crença no multilateralismo. Ele fez um apelo aos governantes para que não se eximam de suas responsabilidades e destacou que nenhum país pode resolver seus problemas sozinho.
Ao concluir seu discurso, o presidente se comprometeu a liderar pelo exemplo, citando medidas adotadas pelo Brasil, como os ajustes das metas climáticas brasileiras, a redução do desmatamento na Amazônia, a adoção de práticas de “industrialização verde”, agricultura de baixo carbono e bioeconomia.