A Rússia, aliada do governo sírio, destacou que não participou das negociações que culminaram na renúncia de Assad, mas fez um apelo para que todas as partes envolvidas abdiquem do uso da violência e busquem a resolução dos problemas políticos por meio de esforços diplomáticos.
Vídeos divulgados pela agência de notícias Rádio e Televisão de Portugal mostram rebeldes islâmicos invadindo o palácio presidencial sírio, onde Bashar al-Assad residia. As imagens revelam o local parcialmente destruído e tomado pelas forças rebeldes, portando bandeiras do país. Relatos indicam também a ocorrência de focos de incêndio na residência oficial enquanto o presidente Assad já teria deixado o país.
Diante da escalada de violência na Síria, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu um comunicado orientando os brasileiros que residem no país a procurarem a embaixada brasileira em Damasco e, caso necessário, buscarem sair da região. O Itamaraty disponibilizou um telefone de emergência e instruiu os cidadãos a acompanharem as atualizações sobre a situação no país através do portal consular.
A guerra civil na Síria, que teve início em 2011, ganhou novos contornos com a recente ofensiva dos grupos rebeldes islâmicos contra o governo de Bashar al-Assad. Destaca-se o grupo islâmico Hayat Thrir al-Sham, filiado à Al Qaeda, como um dos principais protagonistas do conflito, defendendo a instauração da lei islâmica. Enquanto isso, o regime de Assad mantinha uma postura secular, separando o governo da religião. A renúncia surpreendente do presidente sírio marca um novo capítulo na conturbada trajetória política e social do país do Oriente Médio.