O Itamaraty destacou que “o Poder Judiciário brasileiro atuou com a independência garantida pela Constituição de 1988” e que os envolvidos na tentativa frustrada de golpe tiveram “amplo direito de defesa”. O ministério enfatizou a robustez das instituições democráticas brasileiras em dar uma resposta firme e institucional ao que consideram tentativas de desestabilização.
Em um tom assertivo, o MRE declarou que seguirá defendendo a soberania nacional de qualquer tipo de agressão ou tentativa de interferência, seja de onde vier. A nota, publicada nas redes sociais, mencionou que não permitirá que ameaças, como a proferida por Rubio, intimidem a democracia brasileira. A mensagem foi reforçada pelo embaixador Mauro Vieira, que lidera a pasta.
Rubio, em suas declarações, mencionou especificamente o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, alegando que suas ações configuram uma perseguição política contra Bolsonaro. O secretário de Estado declarou: “As perseguições políticas do violador de direitos humanos Alexandre de Moraes continuam, e os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”.
Essa condenação de Bolsonaro, além de repercutir na política interna, também chamou a atenção internacional. Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, se manifestou surpreso com o resultado do julgamento, que culminou em uma pena de 27 anos e três meses de prisão para Bolsonaro, em regime fechado.
Vale ressaltar que a relação entre Brasil e Estados Unidos tem enfrentado tensões, especialmente após os EUA imporem sanções sob a Lei Magnitsky contra Moraes, em resposta à sua atuação no caso Bolsonaro. O Brasil, por sua vez, enfrenta sanções comerciais desde agosto, que incluem tarifas elevadas sobre suas exportações. A situação permanece em evolução, com os desdobramentos do caso ainda gerando debates acalorados tanto no cenário nacional como internacional.