O texto destaca princípios fundamentais, como a abolição do uso da força e a promoção de diálogos pacíficos, reiterando que os países da América Latina e do Caribe devem respeitar a soberania e integridade territorial uns dos outros. A nota foi respaldada por vários países, incluindo Honduras, Guatemala, Cuba, e diversos outros da região caribenha.
A declaração ocorre em meio a um aumento das tensões entre Estados Unidos e Venezuela, especialmente sob o governo de Donald Trump, que enviou forças militares à região sob a justificativa de combater o narcotráfico. O governo de Nicolás Maduro, por sua vez, refuta as acusações e denuncia que o envio de tropas é uma manobra para desestabilizar seu governo em um contexto de rivalidade histórica entre os dois países.
Recentemente, o Departamento de Defesa dos EUA afirmou que a Venezuela teria sobrevoado um navio americano, acusando o país de realizar movimentos “provocadores” que interferem em operações de combate ao narcoterrorismo. Em resposta, Maduro mobilizou civis para se alistarem nas Milícias Bolivarianas, ampliando a estrutura armada do país como uma forma de defesa.
Além disso, o comunicado da maioria da Celac enfatizou a necessidade de combater o crime organizado por meio de cooperação internacional, reafirmando o Tratado de Tlatelolco, que proíbe armas nucleares na região. Enquanto isso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rúbio, visitou recentemente o México e o Equador, disparando críticas ao governo venezuelano e questionando a credibilidade de relatórios da ONU sobre o narcotráfico.
Essa dinâmica entre potência intercontinental e países latino-americanos, somada à retórica acirrada, reflete uma complexidade crescente nas relações diplomáticas na região. O cenário permanece em alerta, com ameaças de escalonamento militar e divisões internas entre os estados membros da Celac.