INTERNACIONAL – Oxfam denuncia Israel por limpeza étnica no norte de Gaza, com acesso humanitário bloqueado há 50 dias, prejudicando milhares.



Israel é acusado pela organização não governamental Oxfam de estar promovendo as etapas finais de uma limpeza étnica no norte da Faixa de Gaza. Segundo a Oxfam, outras organizações humanitárias também estão sendo impedidas de acessar a região há cerca de 50 dias, o que impede a prestação de auxílio a aproximadamente 50 mil a 75 mil pessoas que ainda vivem no norte do território palestino.

De acordo com o diretor-executivo da Oxfam, Amitabh Behar, a equipe da organização em Gaza tem tentado, sem sucesso, alcançar civis famintos que estão sofrendo as consequências desse bloqueio imposto pelo Exército israelense. Behar ressalta que muitas crianças estão presas e correm risco de morrer de fome.

O termo limpeza étnica se refere à remoção ou eliminação de determinados grupos étnicos de uma região. A Oxfam denuncia que Israel está construindo uma infraestrutura para manter uma presença militar de longo prazo no local, além de destruir qualquer esperança de uma solução justa e pacífica para a região.

A Unrwa, Agência da ONU para Refugiados Palestinos, confirma que existe um bloqueio de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza desde o início de outubro. O Escritório de Assuntos Humanitários das Nações Unidas revela que das 41 tentativas de levar ajuda humanitária para a região, apenas quatro foram aprovadas, mas severamente impedidas no local.

Israel nega as acusações e afirma que tem permitido a entrada de ajuda humanitária no território. As Forças de Defesa de Israel informaram que transferiram pacientes de um hospital na região e têm agido de acordo com o direito internacional para facilitar e apoiar respostas humanitárias.

A situação no norte de Gaza é alarmante, com dezenas de instalações de armazenamento do Hamas sendo atingidas pela artilharia israelense. A Oxfam estima que 100 mil pessoas foram expulsas da região nas últimas semanas, resultando em condições de extrema fome na região sul de Gaza.

A organização ressalta que Israel, como poder ocupante em Gaza, é obrigado pelo Direito Internacional Humanitário a fornecer as necessidades e a proteção da população afetada. A situação segue preocupante e a comunidade internacional pede medidas urgentes para garantir a segurança e o bem-estar das pessoas atingidas por essa crise humanitária no norte da Faixa de Gaza.

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