A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, anunciou que o governo venezuelano concedeu o asilo político a Edmundo após negociações com a Espanha. Em uma declaração nas redes sociais, Rodríguez destacou que a decisão respeita a legalidade internacional e visa manter a tranquilidade e a paz política no país. O ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, afirmou que o próprio opositor solicitou o asilo e que o governo está comprometido com os direitos políticos e a integridade física dos venezuelanos.
A saída de Edmundo da Venezuela aconteceu dias após a Justiça emitir um mandado de prisão contra ele por “risco de fuga”, devido à sua ausência em três depoimentos solicitados pelo Ministério Público venezuelano. As acusações estão relacionadas a uma investigação sobre uma página na internet que publicou supostas atas eleitorais da oposição, dando a vitória a Edmundo nas eleições de julho.
Segundo María Corina Machado, a vida de Edmundo estava em perigo na Venezuela devido às tentativas de intimidação e coação por parte das autoridades. O governo brasileiro, juntamente com o colombiano, expressou preocupação com o pedido de detenção emitido pelas autoridades venezuelanas.
A investigação do Ministério Público da Venezuela aponta que as atas publicadas na página da oposição podem configurar uma série de crimes, incluindo falsificação de documentos e conspiração. As autoridades venezuelanas reiteraram que mais de nove mil atas são falsas e ratificaram a vitória de Maduro, apesar de os dados da eleição por mesa de votação ainda não terem sido divulgados publicamente.