Segundo declarações do ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, o governo de Tel Aviv tem a intenção de ocupar essas áreas nos próximos doze meses, impedindo o retorno dos moradores e combatendo o que eles chamam de terrorismo. Por outro lado, o ministério das relações exteriores da Autoridade Palestina, que controla parte da Cisjordânia, denunciou as ações israelenses como mais um capítulo do genocídio do povo palestino e da anexação de seus territórios.
Para o professor de relações internacionais, cientista político e jornalista Bruno Lima Rocha, a utilização de tanques, helicópteros e bloqueios nos campos de refugiados palestinos, algo inédito em duas décadas, faz parte da estratégia de transferir o foco da guerra de Gaza para a Cisjordânia. Rocha acredita que o governo Netanyahu busca manter um estado de guerra para evitar um possível julgamento e queda de seu governo.
A comunidade internacional foi solicitada pela representação palestina na Cisjordânia a intervir nessa grave situação. O Ministério das Relações Exteriores palestino classifica as ações israelenses como uma escalada grave e uma tentativa flagrante de genocídio e deslocamento forçado contra o povo palestino. A situação na região pode se agravar ainda mais nos próximos dias, conforme as tensões continuam a crescer.