Em suas declarações, o secretário-geral enfatizou que a população da região não suporta mais um ciclo de destruição, alertando para o risco de um ciclo incessante de represálias. Guterres fez um apelo à diplomacia, sublinhando a importância de proteger os civis e garantir a segurança nas rotas de navegação. “É imperativo que evitemos uma escalada militar e trabalhemos em direção a um diálogo produtivo”, afirmou ele, evidenciando a necessidade de um compromisso concreto com a paz.
Guterres também abordou a questão fundamental da não proliferação de armas nucleares, defendendo uma solução robusta e verificável que possa restaurar a confiança internacional. Ele destacou que os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) devem ter livre acesso às instalações nucleares do Irã. O secretário-geral reiterou que o tratado de não proliferação é crucial para a paz e a segurança mundial, insistindo que o Irã deve respeitá-lo plenamente.
Durante sua intervenção, ele lembrou que nos últimos dias havia reiterado a importância de buscar a paz em vez de soluções militares. “Precisamos de um esforço constante para impedir confrontos e recomeçar negociações sérias sobre o programa nuclear do Irã”, concluiu. A ONU, segundo Guterres, está disposta a apoiar qualquer iniciativa que busque uma resolução pacífica. No entanto, ele ressaltou que a paz deve ser uma escolha e não uma imposição.
Concluindo suas declarações, Guterres pediu aos membros do Conselho de Segurança que ajam de forma sensata e urgente, enfatizando a necessidade de manter a esperança em um futuro pacífico. “Estamos diante de uma clara escolha: um caminho que leva à guerra e ao sofrimento ou outro que promove a diplomacia e o diálogo. É evidente qual deve ser a nossa direção”, concluiu.