Os distúrbios racistas envolvendo grupos de extrema direita surgiram em protestos contra a imigração em diversas regiões do Reino Unido em agosto. Esses protestos foram motivados por informações falsas que circularam na internet, indicando que o suspeito de um ataque mortal contra meninas era um imigrante islâmico.
De acordo com o Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial da ONU, os crimes de ódio, discursos de ódio e incidentes xenofóbicos têm aumentado de forma preocupante no Reino Unido. O comitê expressou particular preocupação com discursos racistas e xenofóbicos proferidos por políticos e figuras públicas através da mídia impressa, de radiodifusão e online.
Mesmo sem citar nomes específicos, o Comitê ressaltou a ligação direta entre discursos xenofóbicos e violência racial, apontando para figuras proeminentes do público como responsáveis por disseminar discurso de ódio.
Além disso, a ONU também levantou preocupações sobre o racismo institucional nos sistemas policial e de Justiça britânicos, pedindo a criação de um mecanismo para investigar essas questões.
Até o momento, o governo britânico não se manifestou sobre o comunicado do Comitê da ONU. O governo anterior, liderado pelo Partido Conservador, afirmou estar comprometido com a construção de um país mais justo e com a redução de disparidades negativas, como parte da estratégia Reino Unido Inclusivo lançada em 2022.
Em meio a essas discussões, o jornalista William James, em Londres, traz mais informações sobre o contexto político e social que envolve essas questões urgentes. O debate sobre como combater o discurso de ódio e a xenofobia continua aceso, enquanto o Reino Unido enfrenta o desafio de construir uma sociedade mais inclusiva e justa para todos os seus cidadãos.