Tedros utilizou seu perfil na rede social X para alertar sobre as implicações dessa descoberta. “A detecção da pólio em Gaza é um grave lembrete das terríveis condições enfrentadas pela população. A persistência do conflito dificulta os esforços para identificar e responder a ameaças à saúde preveníveis, como a poliomielite,” destacou ele. A mensagem ressalta não apenas a gravidade da situação, mas também a complexidade em gerenciar crises de saúde pública em meio a um ambiente de guerra contínua.
Como resposta imediata à crise, a OMS anunciou a preparação para o envio de cerca de um milhão de doses da vacina contra a pólio para Gaza. Essa ação visa iniciar uma campanha de vacinação em massa, uma medida crucial para conter a disseminação do vírus e proteger a saúde da população, especialmente das crianças, que são mais vulneráveis à doença. No entanto, a realização dessa campanha depende da viabilidade de um cessar-fogo na região, algo que tem se mostrado extremamente difícil.
Christian Lindmeier, porta-voz da OMS, fez um apelo veemente por um cessar-fogo que permita a condução segura da campanha de vacinação. A urgência e a necessidade de cooperação internacional são evidentes, pois a imunização de milhões de pessoas em uma zona de conflito requer não apenas recursos materiais, mas também segurança e estabilidade para os trabalhos humanitários.
A proliferação da poliomielite em Gaza não é apenas um problema local; é uma preocupação global, dada a natureza altamente contagiosa do vírus e a facilidade com que ele pode se espalhar para além das fronteiras, em especial em áreas com baixa cobertura vacinal. Assim, a comunidade internacional deve olhar com atenção e prontidão para fornecer o necessário apoio logístico e diplomático, visando solucionar essa crise de saúde púbica em uma das regiões mais conturbadas do mundo.