Um oficial das Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmou que as tropas estão avançando em direção ao centro da Cidade de Gaza, com planos de aumentar o efetivo militar nos próximos dias. A IDF estima que até 3 mil combatentes do Hamas ainda estão ativos na área e se prepara para um confronto direto.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, expressou em uma mensagem nas redes sociais que as forças israelenses estão comprometidas em eliminar a infraestrutura terrorista, ao mesmo tempo que buscam criar condições para a libertação de reféns e a derrota do Hamas. Essa retórica indica uma escalada na determinação israelense de eliminar a presença do grupo militantemente.
As consequências humanitárias da ofensiva foram severas. Autoridades de saúde de Gaza reportaram que, nas primeiras horas dos ataques, pelo menos 40 pessoas perderam a vida, sendo a maioria delas na Cidade de Gaza. As forças israelenses renovaram seu apelo para que os civis deixem a cidade, com longas colunas de palestinos, incluindo famílias inteiras, tentando escapar em veículos improvisados e a pé, em direção ao sul e oeste.
Um morador de 70 anos, identificado como Abu Tamer, compartilhou sua experiência angustiante, descrevendo a destruição de torres residenciais, mesquitas e escolas em meio ao caos. Ele lamentou: “Eles estão apagando nossas memórias”, destacando a gravidade da destruição em sua cidade natal.
Enquanto isso, em um contexto mais amplo, Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, expressou apoio à decisão israelense de intensificar suas ações militares. Em uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Rubio afirmou que, embora os Estados Unidos desejem uma solução diplomática, também reconhecem a necessidade de estar preparados para a continuidade do uso da força.
Rubio endossou a posição de Israel de que o Hamas deve se desarmar e libertar todos os reféns, enquanto o Hamas, por sua vez, declarou que estaria disposto a libertar os reféns em troca de um cessar-fogo permanente e a retirada das tropas israelenses. Contudo, o grupo insiste que não se desarmará até que um Estado palestino esteja estabelecido, um objetivo que Israel se opõe firmemente.
A complexidade da situação em Gaza continua a provocar reações intensas e questionamentos sobre o futuro da região, à medida que a ofensiva terrestre avança e as consequências humanitárias se agravem.