Na manhã de terça-feira, um novo ataque deixou 50 palestinos mortos, revelando a gravidade da situação. O Hamas declarou que os ataques nos centros de distribuição, que são supostamente controlados por interesses dos Estados Unidos e sionistas, representam crimes graves contra a humanidade. Essas operações, descritas como uma armadilha mortal por representantes da ONU, indicam um padrão alarmante de violência, onde forças israelenses frequentemente abrem fogo contra multidões famintas que se aglomeram em busca de comida.
Organizações não governamentais e agências da ONU confirmaram estas trágicas estatísticas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram cenas caóticas de pessoas correndo sob o krivud dos tiros. A situação é tão crítica que, além das fatalidades, cerca de 3,7 mil pessoas já ficaram feridas devido ao tiroteio em áreas de distribuição da GHF, que é a única entidade autorizada a distribuir alimentos na região.
Philippe Lazzarini, chefe da Agência de Refugiados Palestinos da ONU (UNRWA), destacou que essa distribuição é insuficiente e que as condições de vida estão se deteriorando rapidamente. Ele relatou um aumento alarmante no número de crianças sendo tratadas por desnutrição aguda, refletindo o impacto devastador da escassez de alimentos. Somente em maio, mais de 5 mil crianças foram atendidas, uma cifra que representa um aumento significativo em comparação com meses anteriores.
Além disso, a ONU revelou que há 6 mil caminhões de ajuda humanitária a poucos passos da fronteira de Gaza, sem permissão para entrar. Israel justifica a restrição alegando que a ajuda poderia ser desviada pelo Hamas. Essa situação, desafiadora à luz do direito humanitário internacional, levanta questões sobre a responsabilidade de agentes externos no agravamento da crise.
O ciclo de violência intensificou-se após um ataque do Hamas em outubro de 2023, que resultou em um número considerável de vidas israelenses perdidas. A resposta do Exército israelense se traduziu em uma ofensiva massiva, levando à destruição de infraestrutura e ao deslocamento de grande parte da população de Gaza. A narrativa do governo israelense se concentra em resgatar reféns e destruir o Hamas, mas as consequências para os civis são devastadoras, e a situação já foi classificada por diversas organizações internacionais como genocídio.
Dessa forma, a busca por uma solução pacífica para o conflito permanece mais necessária do que nunca, enquanto a população civil continua a sofrer as consequências das tensões políticas e militares em curso.