Localizada na costa ocidental da África, a Nigéria possui fortes laços históricos e culturais com o Brasil, sendo o país mais populoso do continente africano e o sexto mais populoso do mundo. Além disso, a Nigéria se destaca por figurar entre os 30 países com maior Produto Interno Bruto, possuindo uma rica oferta de recursos naturais e minerais, como petróleo e gás natural.
Desde a década de 1970, a Nigéria faz parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), influenciando diretamente no mercado internacional dessa commodity. Com a adesão da Nigéria, o Brics agora conta com um total de nove países parceiros, incluindo Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
O termo Brics surgiu a partir do acrônimo Bric, idealizado pelo economista britânico Jim O’Neill em 2001 para representar as quatro economias emergentes mais importantes naquela época: Brasil, Rússia, Índia e China. Posteriormente, a África do Sul se juntou ao grupo, acrescentando o “S” ao acrônimo original.
Além dos cinco países fundadores, o Brics recebeu em agosto de 2023 outras nações com status de membros titulares, como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Recentemente, o Brasil anunciou a adesão da Indonésia como membro titular, assumindo a presidência temporária do bloco.
Segundo o Itamaraty, a inclusão da Nigéria no Brics reflete os interesses convergentes do país com os demais membros do grupo, destacando o engajamento ativo da Nigéria na cooperação do Sul Global e na reforma da governança global. A próxima reunião dos líderes do Brics está prevista para julho, no Rio de Janeiro, e promete discutir temas prioritários para a atual presidência brasileira.
