INTERNACIONAL – Negociações Entre Brasil e EUA sobre Tarifas Ganham Novo Impulso com Encontro Previsto Entre Marco Rubio e Mauro Vieira em Washington

Em uma movimentação significativa nas relações Brasil-Estados Unidos, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, estão prestes a se encontrar em Washington. O objetivo da reunião é discutir a recente imposição de tarifas adicionais sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.

A informação foi confirmada pelo Itamaraty em um comunicado, que destacou que os dois líderes já tiveram um diálogo telefônico produtivo na última quinta-feira. Durante essa conversa, concordaram em que suas respectivas equipes se reunirão em breve na capital americana, em uma data a ser definida, para avançar nas questões econômico-comerciais que têm impactos diretos sobre ambos os países.

O secretário Rubio estendeu um convite ao ministro Vieira para que ele faça parte da delegação brasileira, facilitando assim uma reunião cara a cara para abordar pontos essenciais da relação bilateral. Na primeira semana deste mês, presidentes Lula e Trump mantiveram um diálogo por videoconferência, no qual o presidente brasileiro afirmou que as negociações entrariam em uma nova fase, depois de trocarem números de telefone para uma comunicação mais ágil.

As novas tarifas, implementadas como parte de uma estratégia mais ampla do governo Trump, visam reforçar o mercado interno americano diante da concorrência crescente da China. Em abril, Rubio implementou tarifas com base no déficit comercial que os EUA têm com outros países. No caso do Brasil, que apresenta superávit comercial, a tarifa inicial foi de 10%. Contudo, uma nova tarifa de 40% foi aplicada em agosto, em resposta a decisões que, segundo Trump, prejudicavam empresas de tecnologia.

Os produtos mais afetados por essas taxas incluem café, frutas e carnes, criando uma preocupação significativa para os exportadores brasileiros. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enfatizou a intenção do Brasil em apresentar argumentos sólidos para contestar essa medida, ressaltando que ela eleva o custo de vida dos americanos e representa uma perda de oportunidades para investidores nos EUA, que poderiam se beneficiar de um mercado diversificado e crescente no Brasil.

Haddad também mencionou que, apesar das tarifas, existe um superávit comercial favorável para os EUA em relação ao Brasil, que poderia ser aproveitado através de investimentos em setores como energia limpa, mineração e tecnologias ecológicas. Essa discussão sobre tarifas e relações comerciais não apenas reflete tensões entre as duas nações, mas também destaca a necessidade de um diálogo contínuo e construtivo para resolver as questões econômicas que impactam diretamente suas economias.

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