Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a campanha começou em regiões centrais de Gaza e será expandida para outras áreas nos próximos dias. A expectativa é que as pausas nos combates, acordadas para ocorrerem por pelo menos oito horas em três dias consecutivos, precisem se estender para um quarto dia. O processo de vacinação está previsto para levar pouco menos de duas semanas.
O início da campanha foi marcado por uma grande movimentação de crianças e suas famílias em uma clínica administrada pela ONU na cidade central de Gaza, Deir Al-Balah. As equipes médicas acompanharam de perto o processo de vacinação, marcando as crianças que receberam as gotas com uma caneta em seus dedos.
Além da pólio, outras preocupações pairam sobre a população, como doenças de pele, a falta de produtos de higiene e a alta de preços dos alimentos. A moradora Afnan Al-Muqayyad expressou suas apreensões, mas também sua esperança de que a situação melhore.
A diretora de comunicações da UNRWA, Juliette Touma, enfatizou a complexidade da campanha de vacinação, considerada uma das mais desafiadoras do mundo. A cooperação entre Israel e o Hamas é fundamental para o sucesso da iniciativa, que requer a vacinação de pelo menos 90% das crianças duas vezes, com um intervalo de quatro semanas.
Enquanto a vacinação avança, os confrontos entre as forças israelenses e os militantes liderados pelo Hamas continuam em diversas áreas da Faixa de Gaza. A guerra que assola a região desde outubro resultou em um alto número de mortos e feridos, exigindo esforços conjuntos para proteger a população e conter a disseminação de doenças em meio ao conflito.