Originário de Wyoming, Cheney já se destacava no cenário político antes de aceitar a oferta de Bush para ser seu vice na corrida presidencial de 2000, a qual resultou na eleição do republicano. Durante seu mandato, ele teve um papel ativo na reconfiguração do poder executivo, defendendo a expansão da autoridade presidencial. Ele acreditava que a Presidência havia sido desmantelada após o escândalo de Watergate, que levou Richard Nixon a renunciar. Como parte de sua estratégia, Cheney formou uma equipe de segurança nacional que frequentemente atuava como um centro de decisão independente, o que gerou debates e controvérsias.
Cheney se destacou por sua posição inabalável em relação à invasão do Iraque, argumentando que o país possuía armas de destruição em massa, embora tais armas não tenham sido localizadas posteriormente. Suas opiniões, frequentemente confrontadas por outros membros da administração, como os secretários de Estado Colin Powell e Condoleezza Rice, ressaltaram as divisões dentro do governo. Além disso, seu apoio a práticas de interrogatório intensivas, que muitos consideraram tortura, como o afogamento simulado, provocou críticas severas tanto nacional quanto internacionalmente.
A política de Cheney também se estendeu à sua família, com sua filha, Liz Cheney, tornando-se uma figura proeminente no Partido Republicano e enfrentando seu próprio conjunto de desafios ao criticar Donald Trump, a ponto de perder seu assento na Câmara dos Deputados. Nas suas últimas declarações, Cheney expressou seu descontentamento com Trump, chamando-o de uma ameaça à República.
Ao longo de sua vida, Cheney enfrentou sérios problemas de saúde, incluindo múltiplos ataques cardíacos e, em 2012, precisou passar por um transplante de coração. Sua morte marca o fim de uma era para um político que, independentemente das controvérsias, deixou uma impressão indelével na história dos Estados Unidos.









