INTERNACIONAL – Ministro Mauro Vieira se reúne com Marco Rubio em Washington enquanto Trump impõe tarifas a produtos brasileiros; emergência no Planalto discute repercussões das sanções.

Na última quarta-feira, 30 de julho, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, esteve em Washington para um encontro com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. A reunião, que não trouxe muitos detalhes a público, aconteceu em um contexto bastante tenso, marcado por novas tarifas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, que anunciou uma taxa de 50% sobre produtos exportados do Brasil. Embora as tarifas afetem substancialmente o comércio bilateral, cerca de 700 produtos ficaram isentos dessa nova taxação.

Mauro Vieira, que já se encontrava nos Estados Unidos, realizou diversas agendas em Nova York antes de se deslocar para a capital do país. A decisão de Trump de implementar essas tarifas entra em vigor em apenas uma semana, ou seja, no dia 6 de agosto. É importante destacar que mercadorias que já estão em trânsito para o território americano não serão afetadas pela taxa.

Em outro movimento significativo, o governo dos EUA sancionou Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal brasileiro, utilizando a Lei Magnitsky, que permite sanções contra indivíduos acusados de violar direitos humanos. Essa medida bloqueia bens e empresas dos alvos das sanções nos Estados Unidos, criando um novo desafio diplomático para o Brasil.

Em resposta a esses desenvolvimentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência em seu gabinete no Palácio do Planalto. O encontro, que envolve representantes chave do governo, incluindo o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros de áreas cruciais como a Fazenda e a Advocacia Geral da União, tem como objetivo avaliar as implicações das novas medidas dos EUA e discutir possíveis estratégias de resposta.

Até o momento, a Advocacia Geral da União se manifestou criticamente em relação às sanções contra Moraes, classificando-as como arbitrárias e injustificáveis, aumentando a pressão sobre o governo brasileiro para encontrar formas de conter os efeitos adversos da nova política comercial americana. O cenário permanece volátil, com expectativas de futuras negociações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos nos próximos dias.

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