Durante a entrevista, Vieira enfatizou a importância das interações entre o presidente Biden e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, bem como as conversas entre o governo russo e o governo iraniano para conter possíveis ações militares. O chanceler alertou sobre os riscos de mais mortes e perdas de infraestrutura caso a violência no Líbano continue sem controle.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, Biden planeja telefonar para Netanyahu para discutir os planos de Israel em relação ao Irã, após um ataque iraniano na última semana. Essa situação gerou expectativas de uma possível retaliação de Israel, apesar de não ter causado mortes.
Além disso, Vieira reiterou o comprometimento do Brasil em buscar a paz na região, mencionando os trágicos números de mortos e deslocados nos conflitos na Palestina e no Líbano. Ele ressaltou a posição diplomática do Brasil em buscar soluções pacíficas e negociadas para as diferenças entre os países envolvidos.
O ministro também abordou a operação de resgate de brasileiros no Líbano, estimando que cerca de 3 mil brasileiros residentes no país precisarão ser repatriados. Com a realização de voos de resgate, o governo brasileiro tem buscado auxiliar os cidadãos brasileiros que desejam deixar a região do conflito. Um terceiro voo de repatriação já está a caminho de Beirute para trazer os brasileiros de volta ao Brasil.
Diante da crise no Líbano e no Oriente Médio, o posicionamento do Brasil como mediador e defensor da paz na região reforça o compromisso do país em contribuir para a estabilidade e o fim do conflito.