A Turquia, membro da Otan, tem uma postura diferente de seus aliados ocidentais e de algumas nações do Golfo em relação ao conflito entre Israel e o Hamas. Ao contrário destes países, a Turquia não considera o Hamas como uma organização terrorista. O grupo militante palestino governa Gaza e realizou um ataque dentro de Israel em outubro, o que motivou a campanha israelense.
Durante as conversas entre Fidan e alguns de seus pares, como o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, foram discutidas medidas para alcançar um cessar-fogo urgente. Segundo a fonte diplomática turca, Fidan discutiu “medidas concretas” para interromper os combates.
Fidan também abordou a questão do Conselho de Segurança da ONU, afirmando que o órgão precisa ser reformado para ser mais inclusivo e representativo do mundo. Ele mencionou o terceiro veto dos EUA a um pedido de cessar-fogo no Conselho de Segurança como um exemplo da necessidade de reforma.
Além disso, o ministro turco elogiou a postura do presidente brasileiro Lula, que comparou a guerra em Gaza ao genocídio nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Esses comentários de Lula irritaram Israel, mas foram vistos com admiração por Fidan.
Em resumo, as reuniões do G20 no Brasil foram marcadas pelas discussões sobre o conflito em Gaza, com a Turquia assumindo um papel ativo na defesa de um cessar-fogo urgente e de uma solução de dois Estados para o conflito. As críticas de Fidan aos ataques de Israel e seu apelo por uma reforma do Conselho de Segurança da ONU refletem a postura do governo turco em relação à questão palestina.