INTERNACIONAL – Ministro das Relações Exteriores critica “paralisia lamentável” do Conselho de Segurança da ONU frente à guerra no Oriente Médio



O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou a falta de ação do Conselho de Segurança da ONU diante da guerra no Oriente Médio. Durante a abertura do Fórum de Investimentos Brasil, Vieira reforçou a importância da estabilidade internacional para o desenvolvimento e destacou a atuação do Brasil à frente do Conselho de Segurança da ONU. No mês de outubro, o Brasil presidiu o Conselho e articulou uma resolução que pedia cessar-fogo na Faixa de Gaza e a criação de um corredor humanitário para atender a população civil palestina.

A proposta teve maioria dos votos do conselho (12 entre 15 membros), mas foi vetada pelos Estados Unidos sob a alegação de que não mencionava o direito de Israel se defender. A atuação do Brasil no Conselho de Segurança foi elogiada por especialistas, que destacaram a diplomacia brasileira como um moderador no conflito, buscando não se tornar um ator político na questão do Oriente Médio.

O Conselho de Segurança da ONU, criado após a 2ª Guerra Mundial, é responsável por zelar pela paz mundial. Para que uma resolução seja aprovada, é necessário o apoio de nove dos 15 membros, sem vetos dos membros permanentes. O Conselho é composto por cinco membros permanentes – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos.

Vieira expressou sua frustração com a paralisia do Conselho de Segurança, afirmando ser moralmente inaceitável que o órgão não esteja cumprindo seu mandato em situações de crise humanitária. Durante o Fórum de Investimentos Brasil, o ministro destacou a importância de ações internacionais para garantir a estabilidade e o desenvolvimento socioeconômico.

A crítica do ministro brasileiro reflete a preocupação mundial com a situação no Oriente Médio e o papel crucial que o Conselho de Segurança da ONU tem na promoção da paz e segurança global. O Brasil, ao assumir a presidência do Conselho, buscou agir como mediador e promotor de soluções pacíficas para os conflitos na região, no entanto, esbarrou na falta de consenso entre os membros e no veto dos Estados Unidos.

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