Padilha estará integrado na comitiva que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua viagem aos Estados Unidos, que ocorre em um contexto delicado, com nuances de tensão nas relações entre os governos brasileiro e norte-americano, exacerbadas pela recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos.
Além de participar da Assembleia Geral, o ministro da Saúde também recebeu um convite para participar de uma conferência da Organização Panamericana da Saúde (Opas), que acontecerá em Washington no final deste mês, ampliando assim sua agenda internacional e as discussões sobre saúde pública.
É importante lembrar que Padilha tem enfrentado desafios em relação à sua condição de viajante internacional. Em agosto, o governo do então presidente Donald Trump havia cancelado o visto de sua esposa e de sua filha de apenas 10 anos. Na ocasião, Padilha se encontrava com o visto vencido desde 2024, o que o tornava imune a essa revogação.
Na mesma semana, o Departamento de Estado dos EUA também revogou os vistos de outros membros do governo brasileiro ligados ao programa Mais Médicos, acusado de facilitar um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, segundo declarações do secretário de Estado, Marco Rubio. Entre os atingidos estavam o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde e um ex-assessor que atualmente coordena ações relacionadas à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025.
Esse contexto traz à tona as complexidades das relações bilaterais e o impacto que elas têm em figuras-chave do governo brasileiro, cuja atuação internacional está intimamente ligada a questões geopolíticas e serviços de saúde pública.