INTERNACIONAL – Ministro da Fazenda presenteia papa com chimarrão e livro em encontro no Vaticano, discutindo taxação de super-ricos e crise climática no RS.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizou uma viagem à Itália, culminando em um encontro com o Papa Francisco no Palácio Papal, no Vaticano. Durante a audiência privada, Haddad presenteou o pontífice com uma cuia de chimarrão, simbolizando a solidariedade com o Rio Grande do Sul, estado recentemente afetado por uma tragédia climática. Além disso, o ministro ofereceu um livro do ex-deputado federal Gabriel Chalita, intitulado “Entre Franciscos: o Santo e o Papa”, que narra um encontro fictício entre o papa e São Francisco de Assis.

Em troca, Haddad recebeu a Medalha Pontifícia, honraria concedida a indivíduos que participam de audiências com o papa. A reunião foi marcada por discussões sobre temas sensíveis, como a proposta do Brasil de taxar os super-ricos, a crise da dívida nos países pobres e as recentes enchentes no Rio Grande do Sul.

Após o encontro, o ministro utilizou suas redes sociais para compartilhar uma mensagem destacando a importância do combate à miséria e à pobreza em escala global. Ele ressaltou a necessidade de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária, enfatizando a importância de uma economia global que promova a igualdade e a cooperação.

Durante sua estadia na Itália, Haddad participou de eventos como a conferência “Enfrentando a Crise da Dívida no Sul Global”, onde expressou o compromisso do Brasil em buscar soluções para a crise da dívida pública enfrentada por países em desenvolvimento. O ministro enfatizou a importância da taxação dos super-ricos como forma de reconstruir regiões afetadas por desastres naturais, como as enchentes no Rio Grande do Sul.

Além disso, Haddad se reuniu com autoridades espanholas e italianas, buscando apoio para a conclusão do acordo Mercosul-União Europeia e pedindo o respaldo desses países à proposta brasileira de taxação dos super-ricos. Até o momento, França, Espanha, Colômbia, União Africana e Bélgica demonstraram apoio à iniciativa, enquanto os Estados Unidos se mostraram contrários.

A proposta brasileira de taxar os super-ricos em 2% dos rendimentos sobre o patrimônio visa reduzir as desigualdades e possibilitar investimentos em áreas vitais, como saúde e educação. Com o apoio de diversas nações e organismos internacionais, o Brasil busca promover uma agenda global mais igualitária e justa.

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