Após cumprir sua agenda oficial no Camboja e Filipinas, o chanceler brasileiro adiou sua viagem ao Sudeste Asiático para comparecer à reunião de emergência. A presença de Mauro Vieira é fundamental para abordar a delicada situação no Oriente Médio e alinhar as ações do Brasil como país presidindo o Conselho de Segurança.
Essa será a segunda vez que o Conselho de Segurança da ONU se reúne para debater o atual conflito. No encontro anterior, realizado no último fim de semana, a reunião ocorreu a portas fechadas e nenhuma declaração foi emitida. Na ocasião, o Brasil foi representado pelo embaixador na ONU, Sergio Danese, que defendeu o compromisso do Brasil com a solução de dois Estados, visando a coexistência pacífica e segura de Palestina e Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.
Paralelamente à reunião do Conselho de Segurança, o ex-presidente Lula fez um apelo ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e à comunidade internacional, em defesa das crianças palestinas e israelenses que estão sendo afetadas pelo conflito. Os apelos por paz e proteção às vítimas civis se intensificam diante da notícia de que o Ministério da Defesa de Israel pretende ocupar o território palestino por terra, o que pode ampliar o número de vítimas civis.
De acordo com a Embaixada de Israel em Washington, os ataques do Hamas no fim de semana resultaram em mais de mil mortes, sendo a maioria civis baleados em suas casas, nas ruas e até mesmo em uma festa ao ar livre, ocorrida poucos quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza. Por outro lado, o Ministério da Saúde de Gaza afirma que os ataques aéreos retaliatórios de Israel já tiraram a vida de pelo menos 830 pessoas e deixaram mais de 4,3 mil feridos até a última terça-feira. A situação é agravada pela quantidade de desabrigados, estimada em mais de 180 mil habitantes de Gaza, que passam a viver em condições insalubres e de precariedade, muitos deles amontoados nas ruas ou em escolas. Infelizmente, a violência também atingiu a equipe da ONU, com a morte de 11 funcionários em decorrência dos ataques israelenses.
A reunião do Conselho de Segurança da ONU é de extrema importância para abordar todos esses pontos e buscar soluções que promovam a paz na região. O Brasil, como país que preside o Conselho durante o mês de outubro, tem uma posição privilegiada para contribuir com essa discussão e pressionar por ações que possam conter o avanço do conflito e proteger a vida dos civis. A expectativa é que a reunião resulte em medidas efetivas para amenizar a crise que assola Palestina e Israel e para restabelecer a paz e a segurança na região.
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