INTERNACIONAL – Ministro brasileiro destaca inação do Conselho de Segurança da ONU em relação à crise Israel-Hamas



A reputação das Nações Unidas está em jogo diante da crise em curso no Oriente Médio, afirmou o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York. O chanceler brasileiro ressaltou que o Conselho precisa se mostrar à altura do desafio e alertou que a inação e a complacência serão julgadas e condenadas pelas gerações futuras.

O encontro teve como foco a escalada do conflito Israel-Hamas, iniciado após um ataque do grupo Hamas contra Israel em 7 de outubro. O Brasil, que atualmente preside o Conselho, teve sua proposta de resolução vetada pelos Estados Unidos na última semana.

Mauro Vieira defendeu a importância da diplomacia e do diálogo como ferramentas poderosas no Conselho de Segurança da ONU. Ele ressaltou a responsabilidade crucial da entidade na resposta imediata às crises humanitárias e de reféns. O chanceler também lamentou a obstrução estratégica que impede a tomada de decisões decisivas sobre a paz e a segurança internacionais, destacando a frustração em relação à situação no Oriente Médio.

O representante brasileiro condenou os atos de terrorismo contra civis em Israel e fez um apelo pela libertação imediata e incondicional dos reféns civis. Ao mesmo tempo, criticou a violência em Gaza e citou a destruição de habitações civis como consequência dos bombardeios. Ele destacou a necessidade de proteção aos palestinos e ressaltou a inaceitabilidade da ocupação ilegal da Cisjordânia por Israel, que mina as perspectivas de paz na região.

Mauro Vieira pediu ainda o fim das atividades de colonização de Israel nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental. Ele apontou a diferença de tratamento entre colonos e habitantes locais como inaceitável e ressaltou que a expansão atual e projetada prejudica a viabilidade de um Estado palestino no futuro, gerando violência e ódio.

O ministro brasileiro reforçou a adesão estrita ao direito internacional e defendeu a solução de dois Estados no Oriente Médio como forma de garantir a paz duradoura na região. Segundo ele, é urgente e necessário que Israel cumpra suas obrigações legais e morais de respeitar os direitos humanos da população local.

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