O encontro teve como foco a escalada do conflito Israel-Hamas, iniciado após um ataque do grupo Hamas contra Israel em 7 de outubro. O Brasil, que atualmente preside o Conselho, teve sua proposta de resolução vetada pelos Estados Unidos na última semana.
Mauro Vieira defendeu a importância da diplomacia e do diálogo como ferramentas poderosas no Conselho de Segurança da ONU. Ele ressaltou a responsabilidade crucial da entidade na resposta imediata às crises humanitárias e de reféns. O chanceler também lamentou a obstrução estratégica que impede a tomada de decisões decisivas sobre a paz e a segurança internacionais, destacando a frustração em relação à situação no Oriente Médio.
O representante brasileiro condenou os atos de terrorismo contra civis em Israel e fez um apelo pela libertação imediata e incondicional dos reféns civis. Ao mesmo tempo, criticou a violência em Gaza e citou a destruição de habitações civis como consequência dos bombardeios. Ele destacou a necessidade de proteção aos palestinos e ressaltou a inaceitabilidade da ocupação ilegal da Cisjordânia por Israel, que mina as perspectivas de paz na região.
Mauro Vieira pediu ainda o fim das atividades de colonização de Israel nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental. Ele apontou a diferença de tratamento entre colonos e habitantes locais como inaceitável e ressaltou que a expansão atual e projetada prejudica a viabilidade de um Estado palestino no futuro, gerando violência e ódio.
O ministro brasileiro reforçou a adesão estrita ao direito internacional e defendeu a solução de dois Estados no Oriente Médio como forma de garantir a paz duradoura na região. Segundo ele, é urgente e necessário que Israel cumpra suas obrigações legais e morais de respeitar os direitos humanos da população local.