Vieira destacou que a persistência dessa medida prejudica diretamente os direitos humanos do povo cubano, limitando o acesso a bens essenciais como medicamentos e tecnologias indispensáveis para o desenvolvimento. O chanceler ressaltou que o repúdio ao embargo econômico contra Cuba é praticamente um consenso internacional, sendo uma medida que encontra repúdio e ressalva de diversos países ao redor do mundo.
Além disso, o ministro brasileiro reforçou a posição do Brasil de que as únicas sanções legítimas são aquelas aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU no âmbito do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas. Vieira destacou a firme oposição do governo brasileiro ao embargo contra Cuba e também rejeitou a aplicação extraterritorial de leis nacionais discriminatórias.
Em um gesto de solidariedade e cooperação, o governo brasileiro anunciou medidas de ajuda à Cuba, como o fornecimento de combustíveis e alimentos para lidar com a emergência energética enfrentada pelo país após os recentes apagões e os efeitos do furacão Oscar. Em colaboração com Cuba, o Brasil assinou uma carta de intenções durante a 47ª Cúpula do G77 e China, com o objetivo de estabelecer um programa de cooperação agrícola, incluindo doações de arroz e leite em pó.
Por fim, o ministro Mauro Vieira fez um apelo direto aos Estados Unidos para reconsiderarem sua política em relação a Cuba, pedindo a eliminação das sanções e a retirada do país da lista de Estados patrocinadores do terrorismo. Ele propôs um diálogo construtivo baseado no respeito mútuo e na não interferência, buscando uma solução pacífica e colaborativa para as relações entre os dois países.
