A questão da cooperação internacional também foi colocada em pauta pela ministra. Ela defendeu a importância de uma atuação conjunta entre os países para viabilizar a criação de sistemas de proteção social e complexos industriais capazes de produzir insumos em quantidade suficiente para abastecer nações com menor poder econômico.
Nísia Trindade também fez uma crítica à resposta do Brasil à pandemia de Covid-19, apontando falhas na capacidade de resposta do sistema de saúde do país. Ela ressaltou a necessidade de fortalecer o setor de saúde, ao mesmo tempo em que se incluem outros setores internos e externos aos países.
A ministra destacou a importância do investimento em ciência, tecnologia e inovação como uma das medidas a serem adotadas em situações de pandemia, citando a necessidade de reduzir as desigualdades entre os países, especialmente no desenvolvimento e produção de vacinas, medicamentos, testes e diagnósticos.
Nísia Trindade propôs a criação de uma aliança no âmbito do G20 para incentivar a produção local e regional desses insumos, visando a redução da desigualdade e o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde, especialmente em países de baixa renda e em desenvolvimento.
Além disso, a ministra defendeu a constituição de um complexo econômico industrial de saúde que organize a produção de insumos e reduza as desigualdades, fortalecendo os sistemas nacionais de saúde. Ela ressaltou a importância de uma visão integrada da vigilância de possíveis novos surtos e epidemias com potencial pandêmico, com ênfase na atenção primária à saúde e no fortalecimento dos centros de inteligência epidemiológica.
Por fim, Nísia Trindade destacou a importância dos sistemas de proteção social em tempos de crise, ressaltando a necessidade de embasar todas as ações em evidências científicas. A ministra enfatizou que todas as discussões e ações nesse sentido devem ser adotadas no âmbito da Organização Mundial de Saúde (OMS).