INTERNACIONAL – Ministério Público da Venezuela pede prisão de líder da oposição e Brasil manifesta preocupação com a situação política no país



O governo brasileiro expressou profunda preocupação com a decisão da Procuradoria-Geral da Venezuela de solicitar a prisão de Edmundo González, um dos líderes da oposição ao regime de Nicolás Maduro. Em nota conjunta com o governo da Colômbia, divulgada na terça-feira (3), ambos os países manifestaram sua indignação com a ordem de apreensão emitida contra González, destacando que tal medida compromete os compromissos estabelecidos nos Acordos de Barbados.

Os Acordos de Barbados foram mediados pela Noruega e visavam garantir um processo eleitoral democrático na Venezuela, com o compromisso mútuo de fortalecimento da democracia e promoção de uma cultura de tolerância e coexistência entre governo e oposição. A prisão de um candidato presidencial da oposição vai de encontro a esses compromissos e dificulta a busca por uma solução pacífica através do diálogo entre as forças políticas venezuelanas.

O pedido de prisão contra Edmundo González foi motivado por sua ausência em três convocações do Ministério Público para esclarecer a publicação de atas eleitorais que indicariam sua suposta vitória nas eleições de 28 de julho. A oposição alega ter divulgado mais de 80% das atas online, comprovando a vitória de González, enquanto o governo denuncia a falsificação de mais de 9 mil atas publicadas na internet.

Mesmo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmando a vitória de Maduro no pleito, não divulgou as atas eleitorais das mais de 30 mil mesas de votação. No início de agosto, tais documentos foram entregues à Justiça. A situação política na Venezuela continua tensa e a decisão de pedir a prisão de um líder opositor apenas intensifica as divergências entre as partes envolvidas. O Brasil e a Colômbia, enquanto países vizinhos, expressaram sua preocupação com a situação e reforçaram a importância do diálogo e do respeito aos acordos estabelecidos.

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