Essa é a primeira vez que o governo, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se manifesta sobre o pleito na Venezuela. O prazo para o registro de candidaturas encerrou-se na noite de segunda-feira (25). No entanto, a coligação de oposição ao atual presidente Nicolás Maduro anunciou que não conseguiu registrar a candidatura da filósofa e professora universitária Corina Yoris.
O Ministério das Relações Exteriores ressaltou que o impedimento do registro da candidatura não está de acordo com os acordos firmados em Barbados, em outubro do ano passado. Além disso, até o momento, não houve uma explicação oficial para esse impedimento.
Apesar disso, o MRE destacou que 11 candidatos ligados a correntes de oposição conseguiram registrar suas candidaturas para concorrer à presidência. Entre esses candidatos está Manuel Rosales, atual governador do município de Zulia e integrante da Plataforma Unitaria, que enfrentará Nicolás Maduro nas urnas em 28 de julho.
O governo brasileiro afirmou que está disposto a cooperar com outros membros da comunidade internacional para garantir que as eleições sejam um passo importante para a normalização da vida política e o fortalecimento da democracia na Venezuela, país considerado amigo do Brasil.
Por fim, o Brasil reafirmou seu repúdio a qualquer tipo de sanção contra a Venezuela, ressaltando que tais medidas, além de ilegais, contribuem para isolar o país e aumentar o sofrimento de seu povo.
Dessa forma, o posicionamento do governo brasileiro em relação às eleições presidenciais na Venezuela reflete a preocupação com a transparência e a legitimidade do processo eleitoral, bem como o respeito aos acordos firmados entre as partes envolvidas. A comunidade internacional e, em especial, o Brasil, esperam que a eleição seja um passo decisivo para o restabelecimento da normalidade política na Venezuela.