A equipe médica do hospital fez um esforço contínuo para salvá-lo, mas, infelizmente, não conseguiu evitar a tragédia. A morte de Uribe Reacendeu o debate sobre a crescente violência política que tem assombrado a Colômbia por décadas, afetando líderes de diversos segmentos, incluindo políticos, ativistas e sindicalistas.
O atentado não apenas chocou a opinião pública colombiana, mas também despertou a atenção internacional. Autoridades dos Estados Unidos se manifestaram, atribuindo parte da violência à retórica do governo atual. O presidente Gustavo Petro, por sua vez, denunciou o uso político que poderia ser feito do atentado, sugerindo que a tentativa de homicídio poderia ter sido um ato orquestrado com o intuito de minar seu governo.
No contexto eleitoral, Miguel Uribe Turbay era um pré-candidato à presidência da Colômbia. Ele era membro do partido Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe Vélez. Apesar de compartilhar o sobrenome, Miguel não tinha laços familiares diretos com ele. No entanto, sua linha genealógica inclui Julio César Turbay, que foi presidente da Colômbia de 1978 a 1982, ressaltando a relevância política da sua família.
Uma das marcas trágicas de sua vida foi o sequestro e assassinato de sua mãe, Diana Turbay, um episódio que ocorreu quando ele tinha apenas 5 anos. Diana, jornalista e apresentadora de TV, foi morta por narcotraficantes vinculados a Pablo Escobar, em uma tentativa de contestar o tratado de extradição da Colômbia.
A violência que ceifou a vida de Miguel Uribe Turbay levou à prisão de um adolescente de 15 anos, acusado de realizar os disparos. Além disso, o governo colombiano prometeu uma recompensa de 730 mil dólares por informações que possam levar à identificação dos mandantes intelectuais do atentado, sinalizando a gravidade com que o tema da violência política é tratado no país.