O governo brasileiro não poupou críticas ao governo de Israel, especialmente ao primeiro-ministro Netanyahu, acusando-o de não impor limites éticos ou legais em suas ações militares em Gaza. O Itamaraty destacou a necessidade de intervenção da comunidade internacional para evitar novas atrocidades e salvar vidas inocentes.
Após os relatos de 110 palestinos assassinados e centenas de feridos, as autoridades de Gaza responsabilizaram os militares israelenses pelo massacre. Israel, por sua vez, alegou que muitas vítimas morreram em consequência do pisoteio ou atropelamento, mas reconheceu que seus militares abriram fogo contra a multidão por se sentirem ameaçados.
Imagens angustiantes circularam nas redes sociais, mostrando dezenas de corpos nos caminhões e a agonia dos sobreviventes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, solicitou uma investigação independente sobre o episódio, enquanto o MRE brasileiro chamou a atenção para as declarações cínicas do ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, apoiando o assassinato de palestinos famintos.
O governo brasileiro exigiu um cessar-fogo imediato, além da entrada efetiva de ajuda humanitária em Gaza e a libertação de reféns. A situação na Faixa de Gaza foi descrita como desesperadora, com a população civil enfrentando dificuldades extremas para obter alimentos devido à sistemática retenção de caminhões nas fronteiras.
Em meio à crise humanitária, o Brasil reforçou a importância da ação internacional para coibir os abusos e garantir a proteção dos civis em áreas conflituosas como Gaza. A inação da comunidade internacional foi apontada como um incentivo indireto para a continuidade da violência por parte de Israel, o que torna urgente a intervenção e o estabelecimento de um ambiente de paz e segurança na região.