Em seu pronunciamento, Abbas enfatizou a necessidade urgente de intervenção internacional para pôr fim ao que classificou como genocídio na Faixa de Gaza. Ele também pediu ações concretas para interromper a expansão territorial ilegal de Israel na Cisjordânia e para possibilitar a criação de um Estado palestino, almejando Jerusalém Oriental como sua capital.
O presidente palestino apresentou uma lista de oito medidas essenciais para a construção do Estado palestino, além de criticar abertamente as políticas expansionistas de Israel. Abbas expressou sua disposição em colaborar com os Estados Unidos, ressaltando que uma comissão foi designada para elaborar uma constituição provisória, com objetivo de transitar da Autoridade Nacional Palestina para um Estado soberano. Entre suas aspirações, ele destacou a construção de uma nação moderna e democrática que respeite o direito internacional e promova a igualdade de gênero.
No entanto, as tensões permanecem altas. Israel reafirma sua posição contrária à criação de um Estado palestino, ampliando continuamente as colonizações na Cisjordânia e intensificando suas ações militares em Gaza. Em resposta às críticas de Abbas, o governo israelense argumenta que toda Jerusalém é sua capital, uma posição apoiada por antigos líderes dos EUA.
Durante seu discurso, Abbas também se referiu ao ataque realizado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, reiterando que esse ato de violência não representa o povo palestino e que a ANP não quer um Estado armado. Ele enfatizou que Gaza é parte fundamental da Palestina e que a ANP está pronta para assumir a responsabilidade por sua governança e segurança.
Abbas ainda denunciou o crescimento de assentamentos ilegais israelenses que ameaçam a viabilidade de um futuro Estado palestino. Ele argumentou que as políticas israelenses visam a fragmentação do território palestino, comprometendo a paz.
Para facilitar um caminho em direção à paz, Abbas listou medidas que incluem a suspensão imediata da guerra em Gaza, a entrega de ajuda humanitária sem restrições e a liberação de prisioneiros em ambos os lados. Ele pediu a restauração da autoridade da ANP na Faixa de Gaza e a realização de eleições democráticas dentro de um ano após o fim do conflito.
O panorama de violência e disputa territorial continua a ser extremamente complexo, com as esperanças de um acordo pacífico sendo testadas a cada dia. O discurso de Mahmoud Abbas na ONU destaca a urgência de uma solução duradoura, em um contexto no qual a comunidade internacional se depara com a necessidade de agir para evitar mais tragédias humanitárias na região.
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