Em meio a um cenário internacional marcado pelo aumento das tensões comerciais e discussões sobre a política externa americana, a reunião busca não apenas reforçar acordos comerciais, mas também explorar a utilização de moedas nacionais e mecanismos alternativos que podem reduzir a dependência do dólar nas transações entre os países membros. Além disso, autoridades devem abordar questões geopolíticas urgentes, como os conflitos na Ucrânia e a situação na Faixa de Gaza, além da necessidade de reformas nas instituições de governança global.
Lula também aproveitará a oportunidade para convidar os líderes presentes a participarem da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, em novembro de 2025. Esta conferência representa um marco para os países emergentes, que buscam se posicionar de forma mais forte nas discussões globais sobre mudanças climáticas.
Ainda assim, a reunião ocorre em um contexto delicado. O aumento das tarifas imposto durante a administração de Donald Trump foi interpretado por especialistas como uma tentativa de reverter a perda de competitividade da economia americana em relação à China, além de ser visto como uma forma de pressão política sobre o Brics. A ideia de um grupo de potências do Sul Global, que pode representar uma alternativa ao hegemonismo dos Estados Unidos, vem sendo tratada por Washington como uma ameaça ao seu domínio.
Por fim, o Brasil, em sua posição de liderança, reafirma seu compromisso com a soberania nacional e a importância da diversificação e ampliação das relações comerciais com outros países do Sul Global, elementos que serão destacados na fala de Lula na reunião. O governo brasileiro promete divulgar um comunicado após o encontro, informando os principais pontos discutidos durante a cúpula.