INTERNACIONAL – Lula Rejeita “Nova Guerra Fria” e Defende Integração Global em Cúpula da Asean na Malásia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações impactantes sobre as tensões geopolíticas atuais durante um encontro com empresários em Kuala Lumpur, na Malásia, neste domingo (26), durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean). Lula enfatizou que o mundo atual não aceita uma “nova Guerra Fria”, referindo-se ao clima de rivalidade que marca as relações internacionais hoje em dia.

Em seu discurso, o presidente destacou a relevância da Asean como um parceiro estratégico, sublinhando que o Brasil busca se alinhar a todas as nações que desejam estabelecer relações comerciais. “Estamos em um momento em que não podemos nos permitir divisões baseadas em antigas rivalidades, como as que ocorreram na época da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética”, afirmou Lula. Ele reforçou que o Brasil deve ser um agente ativo no comércio global, envolvendo-se não só com grandes potências como os Estados Unidos e a China, mas também com países do Sudeste Asiático, como a Malásia e a Indonésia.

Além de seus esforços para fortalecer laços com a Asean, Lula também abordou a integração do Brasil com a América do Sul. Ele recordou que, desde seu primeiro mandato em 2003, tem trabalhado para ampliar a presença do Brasil na geopolítica econômica. “Nosso país estava isolado por muito tempo, focado apenas na Europa e nos EUA. Agora, é imperativo que o Brasil tenha uma posição mais proeminente no cenário global”, declarou, enfatizando a necessidade de uma política externa mais diversificada.

Em uma agenda que ressalta a importância das relações bilaterais, Lula se reuniu anteriormente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir questões comerciais, incluindo um apelo pela revogação das altas tarifas norte-americanas sobre as exportações brasileiras. A expectativa é de que a primeira reunião de negociações entre as diplomacias brasileira e americana ocorra ainda neste domingo, confirmando a intenção de Lula de fortalecer as relações internacionais do Brasil e buscar um papel mais ativo no comércio global.

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