INTERNACIONAL – Lula Pede Criação de Estado Palestino e Denuncia Genocídio em Gaza Durante Assembleia da ONU

Na última quarta-feira, durante uma coletiva de imprensa em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a posição do Brasil em relação ao conflito no Oriente Médio, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento da Palestina como um Estado soberano. A declaração ocorreu após uma análise da participação brasileira na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde este tema foi amplamente debatido.

Lula destacou a intenção do Brasil de pressionar a ONU para que atue em favor da criação de um Estado palestino. O presidente expressou uma visão clara sobre a situação em Gaza, qualificando as ações israelenses como um genocídio. Sua declaração foi contundente: “Não se trata de uma guerra, mas de um genocídio de um exército fortemente preparado contra um povo indefeso, especialmente mulheres e crianças”. Essa visão, segundo ele, reflete uma crescente conscientização mundial sobre a gravidade da situação na região.

O apoio à criação do Estado palestino foi reiterado por mais de 150 países, um fato que Lula considerou como um passo relevante dentro da Assembleia. Enquanto líderes de várias nações expressaram solidariedade ao povo palestino, a posição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi contrária a esse movimento. A contradição entre as potências se fez notar, já que países tradicionalmente aliados de Israel, como França, Reino Unido e Canadá, também sinalizaram sua intenção de reconhecer formalmente o Estado da Palestina.

O presidente brasileiro sublinhou que a responsabilidade de intervir e buscar uma resolução para a crise não deve recair apenas sobre os países diretamente envolvidos, mas também sobre o Conselho de Segurança da ONU, que poderia tomar medidas mais decisivas. Lula fez um apelo à ONU, lembrando que a mesma entidade que ajudou na criação do Estado de Israel deve ter a capacidade de apoiar a formação do Estado palestino.

Em seu discurso na Assembleia Geral, Lula abordou não apenas a necessidade de reconhecimento internacional da Palestina, mas também expressou preocupações sobre a ameaça de desaparecimento do povo palestino. Ele criticou os atos terroristas do Hamas, mas enfatizou que tais ações não justificam o que chamou de genocídio em curso, ressaltando que, sob os escombros em Gaza, encontram-se mulheres e crianças inocentes, além de um profundo desprezo pelo direito internacional humanitário e pela ética ocidental.

Dessa forma, o Brasil se posiciona como um defensor da autodeterminação do povo palestino, buscando um papel ativo nas discussões internacionais sobre a paz e segurança na região.

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