O convite para que Lula participasse deste evento foi estendido pelo diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, em uma ligação telefônica realizada em julho, momento em que o presidente foi informado sobre a recente conquista do Brasil: a remoção do país do Mapa da Fome, um marco importante para a segurança alimentar.
Além de sua participação formal no Fórum, um encontro bilateral entre Lula e Dongyu já está agendado. Saulo Arantes Ceolin, diretor de Projetos de Segurança Alimentar do Itamaraty, mencionou que outras reuniões também estão sendo avaliadas pela equipe de Lula, à medida que a data do evento se aproxima.
Durante sua estadia em Roma, Lula também terá a oportunidade de inaugurar um espaço que servirá como base para os mecanismos de apoio da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Este esforço é uma iniciativa da presidência brasileira do G20 e busca não apenas erradicar a fome e a pobreza, mas também reduzir as desigualdades existentes em várias esferas da sociedade.
A Aliança já conta com quase 200 membros, incluindo países e diversas instituições, como agências de desenvolvimento e universidades. O avanço dessa coalizão será apresentado em novembro, durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social da ONU, onde a Aliança realizará sua primeira reunião de alto nível. Atualmente, há 13 novos pedidos de adesão à Aliança, provenientes principalmente de países africanos, da América Latina e do Sudeste Asiático.
Além das iniciativas em Roma, o governo brasileiro se prepara para apresentar uma declaração durante a COP30, que ocorrerá em Belém. Esta declaração abordará a luta contra a fome, as desigualdades sociais e as ações climáticas, refletindo a agenda do Brasil como presidente do G20. Os preparativos para este documento estão em andamento e visam engajar um número significativo de nações na causa.