O presidente Lula não hesitou em criticar abertamente as ingerências externas e a maneira como elas têm afetado a soberania brasileira. Ele enfatizou que a independência do Poder Judiciário deve ser respeitada e qualificada como inaceitável qualquer forma de agressão a essa estrutura fundamental da democracia. Nesta linha, Lula apontou para a presença de correntes extremistas que, segundo ele, operam de forma subserviente a interesses que relegam o Brasil a um papel de submissão. “Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil”, alertou Lula, que também aditou que a pacificação não pode ser alcançada por meio da impunidade.
Lula fez questão de lembrar um marco significativo na história recente do país, ao mencionar que, pela primeira vez em 525 anos, um ex-chefe de Estado foi legalmente responsabilizado por atentados contra o Estado Democrático de Direito. Ele ressaltou que o ex-presidente foi investigado, indiciado e julgado, tendo assegurado o amplo direito à defesa, um privilégio frequentemente negado em regimes autoritários.
O presidente transmitiu uma mensagem clara tanto para os apoiadores de regimes autocráticos quanto para os próprios candidatos a esse tipo de governo: o Brasil é uma nação que defende sua democracia e soberania. Em suas palavras, “democracias sólidas vão além do ritual eleitoral”, e enfatizou que um verdadeiro fortalecimento democrático envolve a luta contra as desigualdades e a garantia de direitos fundamentais.
A fala de Lula não apenas reafirmou a posição política do Brasil no cenário internacional, mas também deixou claro seu compromisso com valores democráticos, que, segundo ele, são essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.