Em uma entrevista à imprensa durante sua visita oficial a Pequim, Lula expressou sua preocupação não com os motivos que geraram a guerra, mas com a busca por uma resolução que leve à paz. “Todos nós sabemos os motivos da guerra. Não precisamos entrar em detalhes. Estou preocupado em encontrar o motivo da paz”, destacou o presidente.
Recentemente, Lula também esteve em Moscou, onde discutiu a situação. Ele menciona que, no último domingo, Zelensky havia manifestado disposição para um encontro com Putin em Istambul, na Turquia, que se apresenta como um mediador neste impasse. Apesar das ofertas de conversa feitas pela parte russa e respaldadas por Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, a participação direta de Putin nesse encontro ainda precisa ser confirmada.
Lula revelou que, após conversar com o chanceler ucraniano, soube que Zelensky gostaria que ele verificasse a disposição de Putin para um cessar-fogo de 30 dias. Em jantar realizado ao lado do presidente russo, Lula mencionou que Putin se mostrou aberto a discutir um acordo, porém, condicionou essa conversa a um entendimento prévio que foi estabelecido durante negociações em Istambul, em 2022. Em suas palavras, Lula reafirmou seu compromisso em tentar novamente abordar o tema com Putin em uma escala de voo de retorno ao Brasil.
O presidente enfatizou que a verdadeira solução para o conflito depende de uma “movimentação política” que priorize as negociações verbais. Ele assegurou que apenas Rússia e Ucrânia podem encontrar uma resposta viável e expressou otimismo ao relatar que tanto Putin quanto Zelensky demonstraram abertura para discutir propostas, ressaltando a importância de trocar palavras ao invés de tiros.
Além disso, durante a mesma entrevista, Lula comentou sobre a situação crítica em Gaza, apelando para que Trump se empenhe de forma semelhante para acabar com os conflitos na Palestina como está fazendo em relação à guerra na Ucrânia. O presidente brasileiro fez um forte apelo, descrevendo o que ocorre em Gaza como genocídio, ressaltando que se trata de um enfrentamento entre um exército altamente sofisticado e civis desarmados. Essa declaração reflete a urgência com que Lula analisa tanto a guerra na Ucrânia quanto a calamidade humanitária na Faixa de Gaza, reforçando a necessidade de ações e diálogos significativos para a promoção da paz global.