A construção da ponte demandou um investimento bilionário de R$ 1,9 bilhão, financiado em parceria pelos governos brasileiro e paraguaio, com R$ 712 milhões provenientes da Itaipu Binacional. Com o tráfego já liberado, por enquanto, apenas para caminhões vazios, a ponte representa uma solução necessária para a crescente demanda de transporte entre os países, especialmente considerando que a Ponte da Amizade, sua antecessora, tem enfrentado um superávit significativo de trânsito, recebendo cerca de 100 mil pessoas e 45 mil veículos diariamente.
Durante o evento, Lula expressou suas esperanças no fortalecimento do intercâmbio entre os cidadãos dos dois países, ressaltando a importância do fluxo de produtos e a consequente melhoria da qualidade de vida para ambos os povos. A nova ponte é a segunda ligação viária sobre o Rio Paraná entre Brasil e Paraguai, surgindo seis décadas após a inauguração da Ponte da Amizade.
Com uma extensão de 760 metros e um vão-livre de 470 metros – o maior do continente – a Ponte da Integração possui duas pistas simples de 3,6 metros de largura cada, sustentadas por torres com 190 metros de altura, o equivalente a um edifício de 54 andares. O ministro dos Transportes, Renan Filho, garantiu que a infraestrutura no lado brasileiro está totalmente preparada para receber o fluxo de veículos, afirmando que a Receita Federal e a Polícia Federal estão prontas para atuar.
A operação inicial da ponte permitiu a passagem de caminhões em “lastro”, com horários específicos a serem seguidos, coordenados por órgãos de fiscalização. Embora a liberação total para todos os veículos de carga esteja prevista para ocorrer entre o fim de 2026 e o início de 2027, essa implementação gradual é vista como uma medida essencial para garantir tanto a segurança quanto a adaptação dos serviços de fiscalização nas duas pontas. Assim, a nova ponte não apenas representará um avanço logístico, mas também um símbolo de cooperação e desenvolvimento entre Brasil e Paraguai.
