Na manhã do último dia de sua estada, Lula coordenou a segunda edição do evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, que contou com a presença de representantes de aproximadamente 30 países. Essa iniciativa, que ficou sob a copresidência do Brasil, do Chile – liderado pelo presidente Gabriel Boric – e da Espanha, representada por Pedro Sánchez, tem como objetivo reforçar a colaboração internacional no combate à deterioração das instituições democráticas e à desinformação.
O evento, que começou às 10h, horário local de Nova York, visa também discutir a desigualdade social e o discurso de ódio. Esta edição seguiu um encontro inicial realizado no Chile, onde as nações participantes estabeleceram compromissos conjuntos para a promoção da democracia.
Outro ponto importante na agenda de Lula foi o Evento Especial sobre Clima para Chefes de Estado e de Governo, programado para o início da tarde. Com copresidência do Brasil e do secretário-geral da ONU, António Guterres, o encontro se dedicou a mobilizar os países em direção a um compromisso mais firme com as ações climáticas, além de incentivar a atualização das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que cada nação deve apresentar para a Conferência COP30, prestes a ocorrer em Belém.
Durante seu discurso na Assembleia Geral, Lula ressaltou a importância de colocar o combate às mudanças climáticas no centro da agenda da ONU. Ele propôs a criação de um conselho voltado ao monitoramento das ações climáticas globais e enfatizou a necessidade de uma abordagem mais justa nas negociações entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Outro ponto de destaque na visita foi o breve encontro entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os dois líderes se cumprimentaram durante o evento e, em declarações após o encontro, Trump manifestou interesse em agendar uma reunião mais formal com o presidente brasileiro na semana seguinte.
Finalizando sua agenda em Nova York, Lula programou uma coletiva de imprensa para discutir os resultados de sua viagem antes de embarcar de volta ao Brasil. Seu voo de retorno estava agendado para decolar da cidade norte-americana às 18h, horário local, com chegada prevista em Brasília durante a madrugada da quinta-feira, 25 de setembro. Essa viagem reforçou a presença do Brasil nas discussões globais sobre democracia e clima em um cenário internacional cada vez mais desafiador.