INTERNACIONAL – Lula, em Angola, apoia reforma do Conselho de Segurança da ONU buscando maior representatividade internacional.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento neste sábado (26), na última etapa de sua visita a Angola, defendendo uma reforma no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula argumentou que a entidade não representa mais seu propósito original e que a credibilidade da ONU atualmente está comprometida.

Ele criticou o fato de que o Conselho de Segurança, que deveria promover a segurança e a paz, acaba sendo responsável por iniciar conflitos ao invés de buscar soluções através de um diálogo global. Lula destacou casos como a Rússia na Ucrânia, os Estados Unidos no Iraque e a França e Inglaterra na Líbia, todos realizados sem o consentimento do Conselho de Segurança.

Para Lula, é necessário uma maior representação no Conselho de Segurança, incluindo países da África, Ásia, América Latina e outros, como Brasil, Índia, Alemanha e Japão. Ele afirmou que o Brasil apoia tal ideia, mas que ainda existem divergências entre outras nações.

Além disso, o presidente destacou a importância de uma representação geográfica mais atualizada na ONU. Ele mencionou a dificuldade da organização em resolver conflitos, como o conflito entre Israel e Palestina, e a falta de cumprimento das decisões tomadas nas Conferências das Partes sobre mudanças climáticas.

Lula também abordou a questão da dívida dos países africanos com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele questionou o mecanismo de pagamento dessa dívida, que já acumula US$ 760 bilhões. O presidente sugeriu que o dinheiro da dívida seja investido em infraestrutura, ao invés de ser pago, como uma forma de ajudar esses países a saírem da crise.

Lula encerrou sua visita oficial à Angola e seguirá para São Tomé e Príncipe, onde participará da Cúpula dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Essa é a primeira visita do presidente ao continente africano em seu terceiro mandato.

Portanto, Lula defendeu uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, buscando uma representação mais ampla e atualizada, além de questionar o mecanismo de pagamento da dívida dos países africanos com o FMI. O presidente encerrou sua visita à Angola e segue para São Tomé e Príncipe.

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