A imposição dessas tarifas, que afetou inicialmente 36% das exportações brasileiras para os EUA, já foi reduzida. Em novembro, a administração norte-americana retirou 238 itens da taxa, incluindo produtos como café, frutas e até carne bovina. No entanto, 22% das exportações brasileiras ainda permanecem sujeitas a essas alíquotas, o que representa um ponto de preocupação para o governo brasileiro.
Lula expressou satisfação com a decisão da Casa Branca, mas enfatizou a necessidade de avançar nas conversas sobre os produtos ainda tarifados. Essa estratégia faz parte de uma política comercial mais ampla, que busca reverter a perda de competitividade da economia dos EUA frente a economias como a chinesa, levando a uma retratação em relação às tarifas sobre países parceiros.
Durante a conversa, também foi abordada a urgência de intensificar a colaboração entre Brasil e Estados Unidos no combate ao crime organizado. Lula mencionou as recentes operações federais brasileiras voltadas para desmantelar financeiramente organizações criminosas e destacou a importância de ações conjuntas para enfrentar esses desafios.
O diálogo entre os presidentes refletiu a necessidade de uma abordagem colaborativa, especialmente em áreas sensíveis como a lavagem de dinheiro e evasão fiscal, onde os criminosos têm utilizado o estado de Delaware como um mecanismo para ocultar atividades ilícitas.
Trump expressou total apoio a iniciativas conjuntas no combate ao crime organizado, enquanto os dois líderes concordaram em manter novas conversas sobre esses assuntos prioritários. O Brasil, além de buscar a retirada de mais produtos do rol tarifado, está ativamente trabalhando em questões de segurança e cooperação internacional, apontando para um futuro que pode ser moldado pela interdependência econômica e pela necessidade de enfrentar ameaças comuns.









