O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao comentar a reunião, considerou a troca de ideias como “positiva” sob a perspectiva econômica, destacando a necessidade de uma colaboração mais estreita entre as duas nações. Segundo informações do Palácio do Planalto, ambos os líderes recordaram de forma amistosa a “boa química” que tiveram durante um encontro anterior na Assembleia Geral da ONU, realizada em Nova York, o que contribuiu para um clima de cordialidade.
A ligação foi uma iniciativa de Trump, que também trocou números de telefone com Lula, estabelecendo assim uma linha de comunicação direta entre os dois presidentes. Durante a conversa, Lula enfatizou a importância desse contato como uma “oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”. Ele salientou que o Brasil é um dos poucos países do G20 com os quais os Estados Unidos mantêm um superávit na balança de bens e serviços, ressaltando assim a relevância econômica do comércio bilateral.
Além do pedido para revisar a taxa de importação, Lula também mencionou as restrições que afetam autoridades brasileiras, buscando um caminho para amenizar tensões que podem comprometer a cooperação mútua. Uma notícia alentadora foi que Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar continuidade às negociações, o que envolveu ministros brasileiros, incluindo Geraldo Alckmin e Mauro Vieira.
Por fim, os presidentes concordaram em se encontrar pessoalmente em um futuro próximo, com Lula propondo que esse encontro ocorra durante a Cúpula da ASEAN na Malásia. O presidente brasileiro também reiterou o convite a Trump para participar da COP30, que será realizada em Belém, e expressou sua disposição em visitar os Estados Unidos, sinalizando um desejo renovado de aproximação e diálogo entre as nações.