Recentemente, o governo do ex-presidente Donald Trump anunciou uma série de tarifas elevadas sobre produtos da Índia, inicialmente fixando uma taxação de 25% e, posteriormente, acrescentando uma nova tarifa que elevou esse índice para 50%. Essa ação tem prejudicado não apenas as relações comerciais entre os dois países, mas também afetou a dinâmica do comércio global, uma vez que Brasil e Índia estão entre os países mais afetados por essas políticas protecionistas.
Durante a conversa, Lula e Modi reiteraram o compromisso de aumentar o comércio bilateral, estabelecendo a meta de ultrapassar a marca de US$ 20 bilhões em transações até 2030. Para isso, os líderes concordaram em avançar nas negociações do acordo entre Mercosul e Índia, que poderia facilitar o intercâmbio comercial entre as nações.
Além disso, os líderes trocaram experiências sobre novas plataformas de pagamento digital. Lula mencionou o sistema PIX, que revoluciona as transações no Brasil, enquanto Modi apresentou a UPI, a Unified Payments Interface, que tem se tornado bastante popular na Índia. Essas inovações financeiras refletem o interesse mútuo em compartilhar tecnologias que podem impulsionar a inclusão digital e facilitar o comércio.
Em um futuro próximo, Lula deve realizar uma visita à Índia em 2026, com o objetivo de fortalecer ainda mais as relações entre os dois países. Como preparação para essa viagem, o vice-presidente Geraldo Alckmin planeja uma missão ao país asiático em outubro, durante uma reunião do Mecanismo de Monitoramento de Comércio. Essa delegação incluirá ministros e empresários brasileiros, com a intenção de fomentar colaborações em diversas áreas, como defesa, energia, minerais críticos, saúde e digitalização.
Em um encontro recente, Modi expressou a necessidade de um maior protagonismo Brasil-Índia na governança global, com Lula reiterando o desejo de que ambos os países sejam reconhecidos como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Este diálogo contínuo entre as nações é um passo significativo em direção a uma parceria mais robusta, que pode moldar o futuro da cooperação internacional.