Durante a reunião, Lula estendeu um convite a Boluarte para que participasse da Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP30, que será realizada em Belém em novembro. A presidenta peruana aceitou o convite e ressaltou a importância da Amazônia, enfatizando que a floresta, vital para a preservação ambiental, se estende por ambos os países. Boluarte expressou também a intenção de fortalecer a cooperação entre Brasil e Peru, com o intuito de enfrentar desafios regionais, como a insegurança alimentar, a falta de infraestrutura viária e o combate ao crime organizado.
O presidente brasileiro expressou sua preocupação com o distanciamento que ocorreu entre os dois países nos últimos anos, reiterando a importância da colaboração regional para o desenvolvimento sustentável da América do Sul. Nesse sentido, Lula mencionou o programa Rotas da Integração Sul-Americana, que visa implementar conexões viárias que ligam os oceanos Atlântico e Pacífico, facilitando o comércio e a mobilidade entre os dois países.
Ambos os líderes concordaram em agendar uma reunião de trabalho, que contará com a participação de ministros e técnicos, para discutir uma ação conjunta e definir uma agenda de iniciativas colaborativas. O Planalto informou que a reunião será promovida até o final do ano, reforçando o desejo mútuo de estreitar os laços entre Brasil e Peru.
Na mesma data, Lula proferiu um discurso na Assembleia Geral da ONU, onde abordou questões de soberania brasileira e criticou sanções unilaterais, além de condenar atos de violência, como o genocídio em Gaza, provocados por Israel. Um dos momentos destacados da visita foi o breve encontro entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o qual elogiou o brasileiro e expressou interesse em encontrá-lo novamente na próxima semana. A conversa entre os dois presidentes, que ocorreu de maneira amistosa, simboliza uma reaproximação entre as duas maiores nações das Américas, em um contexto de complexas interações bilaterais.
Com a intenção de definir um diálogo mais estreito entre suas administrações, assessores dos presidentes agora trabalham para organizar um futuro encontro, que pode ocorrer presencialmente ou de forma virtual. O clima de colaboração sugere um renovado vigor nas relações diplomáticas entre os países, com potencial para impactar positivamente a dinâmica regional.
