Lula mencionou a intenção de reestabelecer a importação de bananas do Equador, uma questão que havia sido complicadas desde 1997 devido a restrições fitossanitárias. Afinal, uma decisão judicial recente abre novos caminhos para a comercialização desse produto, que já enfrentou disputas na Organização Mundial do Comércio. “Estamos prontos para trabalhar por um comércio mais equilibrado e para eliminar obstáculos às exportações equatorianas”, afirmou o presidente.
O Brasil e o Equador aspiram a um intercâmbio comercial que, em 2024, deverá alcançar a marca de US$ 1,1 bilhão. Os principais produtos que o Brasil exporta são veículos, máquinas e produtos farmacêuticos. Além disso, Lula destacou a necessidade de atualização do acordo entre o Mercosul e o Equador, facilitando uma relação mais íntima entre as duas nações.
Outro tema relevante abordado foi a cooperação no combate à criminalidade organizada. Lula planeja fortalecer ações conjuntas com o Equador para enfrentar crimes e ilícitos, incluindo a reabertura da adidância da Polícia Federal em Quito. “Estamos promovendo treinamentos sobre investigação de crimes financeiros e podemos avançar ainda mais”, acrescentou.
O presidente também levantou a questão da regulação das redes digitais e a necessidade de responsabilização das grandes empresas de tecnologia, as chamadas “big techs”. “É urgente que o governo e a sociedade enfrentem a criminalidade no ambiente digital, pois nossas democracias estão ameaçadas sem a devida regulação”, destacou. Ele apontou que a exploração sexual de crianças e adolescentes é um desafio moral para o Estado.
Durante o encontro, Lula e Noboa assinaram acordos em áreas como segurança alimentar, inteligência artificial e agricultura familiar. Estas ações têm o intuito de promover a troca de conhecimento e experiência entre os países, abordando questões fundamentais como a luta contra a fome e o desenvolvimento sustentável.
Após as discussões no Palácio do Planalto, Lula recebeu Noboa e autoridades em um almoço no Palácio Itamaraty, simbolizando o fortalecimento das relações entre Brasil e Equador.