INTERNACIONAL – Lula Defende Educação Conjunta na América Latina Para Garantir Independência da Região e Responder a Ações dos EUA na Venezuela

Em um evento realizado em São Bernardo do Campo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a importância da educação como ferramenta crucial para a independência dos países da América Latina. Durante sua fala no encontro com estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares (COPO), Lula destacou que projetos educacionais conjuntos entre nações latino-americanas podem fortalecer a soberania regional, prevenindo que líderes de outros países se posicionem de maneira desrespeitosa em relação ao Brasil.

Lula afirmou categoricamente que o desenvolvimento de qualquer nação está diretamente ligado ao investimento em educação, um desafio que não se limita ao Brasil, mas abrange toda a América Latina. Nesse contexto, ele ressaltou a importância de parcerias com países africanos, nações de língua portuguesa e, especialmente, outras repúblicas latino-americanas. O presidente mencionou a criação da Universidade da América Latina em Foz do Iguaçu, um passo significativo em direção à formação de um pensamento educacional e político próprio da região.

“Queremos formar uma doutrina latino-americana, com professores e estudantes latino-americanos, para sonhar que nosso continente um dia seja independente”, declarou Lula, enfatizando que a ideia é que nenhuma autoridade estrangeira possa intimidar o Brasil num futuro próximo.

Essa declaração ocorre em um momento delicado, com desdobramentos na relação entre os Estados Unidos e a Venezuela. Recentemente, os EUA realizaram operações que resultaram em ataques a embarcações no país venezuelano, sob a alegação de combate ao tráfico de drogas. Essa série de ações, segundo a imprensa internacional, já causou a morte de dezenas de pessoas. O governo de Nicolás Maduro, por sua vez, acusou os Estados Unidos de promoverem uma tentativa de mudança de regime, prometendo levar a questão ao Conselho de Segurança da ONU.

No Brasil, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) manifestou sua oposição a essas ações, considerando-as uma ameaça à paz na América Latina. Além disso, manifestações de apoio à Venezuela e repúdio às ações militares norte-americanas também ocorreram em países da região, como em Trinidad e Tobago, onde cidadãos protestaram contra os assassinatos de pescadores locais por forças armadas americanas, caracterizando o incidente como uma violação dos direitos humanos e um ato de agressão injustificado.

Esses eventos ressaltam a complexidade das relações geopolíticas na América Latina e a busca de um caminho autônomo e colaborativo entre as nações da região.

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