A declaração de Lula veio na esteira da prisão preventiva de Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. A medida foi impulsionada por preocupações relacionadas a um potencial risco de fuga, especialmente após a tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica que deveria monitorar sua localização. O ex-presidente havia também incitado uma vigília em frente à sua residência, evento que gerou mais questionamentos sobre a segurança necessária para sua detenção.
Ao longo da coletiva, Lula foi indagado sobre sua relação com o governo dos Estados Unidos, especificamente sobre as retaliações do ex-presidente Donald Trump contra o Brasil e ministros do STF. Em sua resposta, afirmou que o respeito à soberania nacional deve ser inabalável: “A Justiça decide e o que decide aqui está decidido”, sublinhou, refletindo sua visão de que questões internas devem ser resolvidas dentro do país, sem interferências externas.
Recentemente, uma série de ações têm chamado a atenção da mídia e da sociedade em relação à situação jurídica de Bolsonaro. Ele foi trazido para a Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal e, durante audiência por videoconferência, justificou sua conduta em relação à tornozeleira, alegando problemas de saúde e interação de medicamentos que poderiam ter influenciado em seu comportamento.
A defesa de Bolsonaro, que alega que a tornozeleira é uma medida humilhante, anunciou que pretende recorrer da decisão judicial. Uma análise das condenações já está programada para a próxima segunda-feira, com a expectativa de que os próximos passos jurídicos sejam definidos, podendo resultar na execução das penas de prisão.
Em relação ao processo judicial, Bolsonaro cumpre uma condenação de 27 anos e três meses por envolvimento em ações golpistas. A expectativa em torno da possibilidade de recursos está alta, uma vez que o prazo para a apresentação de apelações termina neste fim de semana. A primação nas decisões da Justiça e os eventuais desdobramentos continuarão a ser monitorados de perto pela opinião pública e pelas instituições.
