O presidente brasileiro abordou a relevância do multilateralismo, enfatizando o papel da ONU ao longo de suas oito décadas de existência. Segundo Lula, essa modernização nas estruturas da Organização é vital, e a formação de um conselho vinculado à Assembleia Geral contribuirá para que os compromissos climáticos sejam seguidos de forma eficaz.
“Bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática”, afirmou Lula, apontando que 2024 foi o ano mais quente já registrado. Ele também destacou que a COP30, que acontecerá em Belém, Brasil, será um momento crucial para que os líderes mundiais demonstrem seu comprometimento com a preservação do planeta.
Além disso, o presidente reiterou a importância das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que definem as metas para redução das emissões de gases do efeito estufa. Lula argumentou que, até o momento, apenas 47 países apresentaram suas NDCs, tornando imprescindível que todos os países se comprometam de forma ambiciosa. Ele alertou que a falta de NDCs nos levará a “caminhar de olhos vendados para o abismo”.
Ao se referir à COP30 e à Amazônia, Lula destacou que o Brasil já conseguiu reduzir pela metade o desmatamento na região nos últimos dois anos. Ele enfatizou que em Belém o mundo terá a oportunidade de conhecer a realidade da floresta Amazônica e destacou a necessidade de ações climáticas justas e equilibradas entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento.
Por fim, Lula anunciou o lançamento de um novo mecanismo de conservação das florestas tropicais, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre. O objetivo desse fundo é remunerar os países que mantêm suas florestas saudáveis, como uma estratégia para enfrentar as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável.
