O convite para Lula integrar o fórum foi feito pelo diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, durante uma reunião em julho. Na ocasião, ele destacou que o Brasil agora está abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à comida adequada, um avanço notável, considerando que cerca de 30 milhões de brasileiros deixaram de passar fome nos últimos dois anos e meio de governo.
O Fórum Mundial da Alimentação, que se estenderá até 18 de outubro, coincide com as celebrações dos 80 anos da FAO. Na segunda-feira, Lula se encontrará com o Papa Leão XIV no Vaticano, marcando a primeira audiência entre os dois desde a eleição do pontífice em maio deste ano. Essa reunião tem grande importância simbólica e política, refletindo a busca do Brasil por um papel ativo nos debates globais sobre alimentação e desenvolvimento.
Durante sua estadia na Itália, Lula também participará da segunda reunião do Conselho de Campeões da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma iniciativa que abrange governos, agências da ONU e organizações da sociedade civil. Esta aliança, copresidida pelo Brasil e pela Espanha, foi criada para acelerar esforços de combate à fome e à pobreza, abrangendo planos nacionais em países como Etiópia, Quênia e Haiti.
O encontro híbrido discutirá os progressos da aliança, que já conta com quase 200 membros, incluindo 102 países e diversas organizações financeiras que financiam os projetos. Lula também inaugurará o espaço que abrigará o secretariado da aliança, com sede na FAO e escritórios em várias cidades, como Brasília e Washington. A comitiva presidencial tem retorno previsto para o Brasil na mesma segunda-feira, encerrando uma visita que reafirma o compromisso do país em lutar contra a fome e promover a segurança alimentar a nível global.