Lula enfatizou a importância desse reatamento, afirmando que algo que antes parecia impossível agora tornou-se uma realidade. Durante uma coletiva de imprensa em Nova York, o presidente brasileiro revelou sua expectativa de que as relações entre Brasil e Estados Unidos, as duas maiores democracias do continente, possam evoluir positivamente. “Eu torço para que essa relação dê certo”, declarou, sublinhando a variedade de interesses comuns que existem entre os dois países, como setores empresariais, industriais, tecnológicos e científicos. O presidente também mencionou a relevância de discutir temas globais como digitalização e inteligência artificial.
Continuando sua análise, Lula deixou claro que há muitos tópicos relevantes a serem abordados na conversa com Trump, incluindo a promoção da paz mundial. O presidente enfatizou a necessidade de um diálogo próximo e construtivo, ressaltando a responsabilidade compartilhada que ambas as nações têm em garantir estabilidade global.
Outro tema abordado na coletiva foi a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), programada para ocorrer em novembro em Belém. Lula destacou que a COP30 será uma “COP da verdade”, onde espera-se que o encontro reflita o real comprometimento das nações em lidar com as mudanças climáticas. O presidente reiterou o convite às lideranças mundiais para que compareçam ao evento. Ele defendeu que a presença de cientistas no debate é crucial para informar as decisões dos chefes de Estado, afirmando que a atual crise climática exige uma abordagem baseada em evidências.
Adicionalmente, Lula reiterou sua posição de que a ONU precisa passar por uma reformulação para melhor representar a realidade do mundo contemporâneo, indicando que a estrutura atual está desatualizada e não reflete a evolução dos países desde a sua fundação em 1945. Ele defendeu a eliminação do direito de veto no órgão e pediu uma governança mundial mais forte, especialmente em questões climáticas.
Por fim, Lula fez uma crítica contundente aos altos investimentos em armamentos por diversas nações, destacando que essa situação é uma contradição num mundo em que a fome e outras crises sociais precisam de atenção urgente. “Não é normal a quantidade de conflitos que temos atualmente, maior do que desde a Segunda Guerra Mundial”, disse o presidente, clamando por uma mudança de prioridades globais.